Arquivo do mês: abril 2010

Nem tudo está perdido…

Quando penso que a humanidade está por um fio, que essa raça animal simplesmente falhou e está fadada à extinção, eis que me surpreendo e vejo que nem tudo está perdido.

Cheguei até a ficar um pouco feliz (se é que isso é possível) ao ver que existem pessoas de atitude, como essa mãe que mostrou exatamente como deve se tratar um filho, ainda mais quando esse filho tem um dos piores gostos musicais possíveis e um visual que é totalmente inaceitável. Parabéns a essa mãe. Olhem só a manchete e leiam a incrível notícia!

Garoto emo tem cabelo cortado à força pela mãe

14/04 – 18:21 – Agência Estado

“Um garoto de 14 anos foi amarrado e teve o cabelo cortado à força pela mãe, nesta terça-feira, em Sorocaba, no interior do Estado de São Paulo. Tudo porque ele se identifica com o movimento “emo”, no qual os meninos deixam os cabelos lisos e penteados caírem sobre os olhos. O rapaz foi além e, sem a autorização da mãe, colocou um aplique colorido para aumentar a cabeleira.Ao chegar à casa, no Jardim Iguatemi, zona norte da cidade, a mãe, identificada apenas como Lucimar, de 37 anos, e a avó, Lúcia, de 57, correram atrás do garoto com uma tesoura e ainda o ameaçaram com um pedaço de pau. O garoto saiu de casa e correu cerca de um quilômetro, até atingir a Praça das Águas, no Jardim Abaeté, mas as mulheres o perseguiram de carro. Ele foi amarrado com uma corda e, além do aplique, teve cortado o próprio cabelo.

Em seguida, mãe e avó levaram o menino a um distrito policial, pois queriam denunciá-lo por desobediência. O caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar. O garoto foi levado para a casa da avó paterna. Os conselheiros tentarão intermediar a relação da mãe com o filho. Lucimar diz que voltará a amarrá-lo, se precisar. “Estamos fazendo isso por desespero, pois ele está tomando um caminho errado e, se der mal na vida, não será por minha omissão”, alegou.

O movimento emo ou emocore, abreviações do inglês emotional hardcore, é um gênero musical adotado originalmente pelas bandas do cenário punk de Washington (EUA). No Brasil, o gênero se estabeleceu em meados de 2003 e influenciou a moda de adolescentes caracterizada pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em trajes pretos ou listrados, cabelos coloridos e franjas caídas sobre os olhos.”

1 comentário

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Mundo Cão!

Acharam que eu morri, né? Seu bando de malas desocupados! Por que não param de me amolar? O que acontece é que esse site tem tido um número de visitas muito grande. É muita gente. E isso me deu uma paranoia tremenda. Acho que tenho humanofobia. Passei um bocado de dias sem conseguir entrar aqui. Eu fujo de qualquer coisa ou lugar que reúna pessoas.

É triste, viu. Não sei o que eu fiz de errado para ter nascido gente. Eu juro que tenho muito ódio disso. Fui agraciado com a pior forma de nascimento que poderia existir .

Andei refletindo muito a respeito disso. E cheguei à conclusão de que eu poderia ter nascido como qualquer outro tipo de animal. Seria muito melhor.

Pensem comigo. Eu poderia ter nascido um macaco. Se vocês me amolassem, eu dava uma banana pra vocês. No sentido real e no sentido figurado. Tanto faz. E viveria pendurado em árvores muito altas. Sempre longe das pessoas. E só faria macaquisses. Eu ia, literalmente, catar coquinho. E ia ser feliz assim! Acho que gostaria de ser um Chimpanzé! Ou um babuíno! Andando com a bunda de fora sem me importar com o que os outros acham. Consigo até imaginar…


Ou senão eu poderia ser um cachorro. Quer dizer, cachorro não. Cães se relacionam com pessoas. Normalmente tem donos. Que interagem com esses cães. E passam a mão em suas cabeças o tempo todo. Ah não. Isso não. Tô fora.

Na pior das hipóteses, poderia ser um urso. Hibernar 6 meses por ano! Isso é perfeito. A vida ideal. Ursos são selvagens. Vivem isolados. E devoram qualquer ser vivo que ouse se aproximar deles. Poderia ser até um urso polar. Pra ficar mais isolado ainda. Tanto faz. Acho que ser um urso combinaria comigo.

Só tenho certeza de uma coisa. Eu jamais seria uma hiena. Acho que é até meio óbvio o motivo. Não preciso explicar.

Já sei. Acho que eu poderia ser uma tartaruga. Que já anda com a casa nas costas! Não é perfeito? Se eu precisasse fazer alguma coisa, levava a casa comigo. No primeiro sinal da presença de alguém, já entraria em casa. Já repararam que a única coisa que a tartaruga consegue fazer rapidamente é entrar em seu casco? É genial! Acho que, definitivamente, eu quero ser uma tartaruga. E continuar sendo essa casca-grossa que eu sempre fui. E seguir minha vida pacata. Devagar e sempre. Mas esperando pelo juízo final. Que uma hora vai chegar!

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