Nesta terça senti uma coisa estranha. Fiquei preocupado. Será que deveria ir a um médico? Foi realmente muito estranho. Não sei se foi isso mesmo, mas parece… que eu senti um pouco de bom humor. Mas é claro que não era nada disso. Rapidamente me recompus e percebi o que sentia. Era apenas uma sensação de bem estar. Só isso.
O negócio é o seguinte: sou um morador de São Paulo e, depois que passa toda essa loucura de Natal, a cidade fica completamente vazia!!! É incrível. A cidade realmente esvazia. Menos gente, menos trânsito, menos barulho, menos pessoas, ou seja, muito melhor!! Aí a primeira coisa que a gente pensa: “bem que poderia ser sempre assim”. Já pensou como seria bom? Mas eu sei que é por pouco tempo. Apenas alguns dias. Mas, de qualquer forma, concluo que passado o martírio natalino, chegamos na melhor semana do ano pra quem mora nessa cidade. Esses dias de cidade vazia entre o Natal e o Ano Novo são realmente muito bons.
Aí então pego o jornal pra ler. E vejo as fotos das pessoas nas praias. O que é isso? Milhares e milhares de pessoas se acotovelando por um espaço na areia. E o trânsito que essas pessoas pegaram na estrada. E o trânsito pra se locomover no litoral? E as filas pra tudo? No mercado, nas padarias, nos banheiros. Em todos os lugares. Fila, muvuca, confusão, barulho. Como é possível? A pessoa passa o ano inteiro no maior caos, cheio de gente, de trânsito, de barulho, de tudo, e quando chega a hora do relax, todo mundo se locomove para o mesmo lugar e passa pelas mesmas coisas de novo. E depois dizem que o louco sou eu!
Pois então eu tenho uma idéia. Por que todos vocês, que amam praia, sol e calor não me fazem um grande favor? Já que gostam tanto daí, por que não ficam por aí? É isso mesmo. Não voltem mais. Fiquem aí na praia e não me encham o saco. Façam esse favor. Deixem a cidade mais vazia e a minha vida muito melhor. E quanto aos poucos que ficarem aqui em São Paulo, eu dou um conselho: vão embora daqui vocês também. Será que é possível? Está feito então o apelo. E lançada oficialmente a campanha:
“Faça o Walmor feliz, vá embora já daqui”!
E tenho dito.