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Alteradores de humor

Hoje vou falar da Fluoxetina. Tomei gosto por essa danada no começo dos anos 70. Depois de uma ressaca enorme de anos e mais anos à base do tabaco da moda dos anos 60 e de uns pedacinhos de papelão que me causavam umas visões psicodélicas, quando começou a outra década, resolvi mudar de remédio.

E conheci a tal da Fluoxetina. E descobri que ela me tirava da depressão. Que me deixava feliz, alegre, com cara de bobo, mesmo sem ter motivo algum pra realmente estar feliz.

Então eu resolvi matutar. Mas pra que eu preciso desse remédio? O que me deixa deprimido e puto da cara? É simples!! É claro!! As pessoas!!! São elas que deixam assim. O Ser Humano é o meu verdadeiro alterador de humor.

O que eu fiz então? Larguei as pessoas, é claro!!! Resolvi me isolar e cortar praticamente todas as relações com essa espécie chamada de Ser Humano. E foi o melhor que eu fiz pra mim mesmo!!

Ah, e quanto à Fluoxetina, eu continuo tomando, é claro! Dependendo do efeito que causa, eu adoro um alterador de humor.

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Eu fico puto da cara!!!

Alborghetti Para Sempre

Essa é uma frase que faz parte do meu dia a dia… O tempo todo… Em todos os momentos eu lembro do saudoso Alborghetti, que babava na televisão enquanto descia o porrete em sua bancada e gritava: “Eu fico Puto da Cara!!! Eu fico filho da puta da minha cara!!!”… Procure naquele tal de Youtube e você verá muitos vídeos do meu amigo e ídolo Alborghetti.

E se eu disse que eu falo essa frase o tempo todo, é porque eu tenho motivos pra isso. E vou listar alguns deles agora:

– Eu fico Puto da Cara com as pessoas!!! As pessoas me irritam. Muito!

– Eu fico Puto da Cara com os políticos (eles não são pessoas, certo?)!

– Eu fico Puto da Cara com as campanhas políticas, com as propagandas, com o Lula, com o Serra, com a Dilma, com o Netinho, com o TIRIRICA e com todos esses vagabundos que fazem da política uma profissão e se candidatam com o objetivo simples de trabalhar pouco e ganhar muito bem.

– Eu fico Puto da Cara com a Marta Suplicy, que gerou dois filhos que até hoje acreditam que podem ser músicos. Eu fico puto da cara com qualquer música que foi feita a partir de 1950 (tudo lixo pop).

– Eu fico Puto da Cara com as redes sociais. Odeio todas elas. Eu não tenho Twitter e atenção: eu NÃO vou entrar no Facebook. Entenderam, seus malas??!! A molecada do prédio fica me atormentando: “Seu Walmor, o senhor está no Facebook?”… Não, eu não estou e nem vou estar. O único lugar que eu vou estar é no Inferno. E espero que não demore muito.

– Eu fico Puto da Cara com os impostos que eu pago, com o trânsito que eu pego, com os vizinhos que fazem barulho, com as crianças que jogam bola na frente da minha casa, com os cachorros que latem e com as pessoas que puxam papo comigo. Aliás, um conselho: não é porque a gente está no mesmo elevador que a gente precisa conversar. Ok?

– Eu fico Puto da Cara com o futebol, com a Seleção Brasileira, com os jogadores pagodeiros que se acham os tais, com os torcedores imbecis e tudo o mais. A única coisa que me alegra no futebol é o meu grande time do Juventus da Moóca!

Ou seja, eu fico Puto da Cara com quase tudo. Com tudo e com todos. Aliás, eu vivo Puto da Cara. Eu sou Walmor Salgado, um sujeito rabugento e muito PUTO DA CARA!!!

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Eu voltei…

Eu voltei…
voltei para ficar…
pois aqui…
aqui é o meu lugar.

Aqui é o meu lugar de aturar os malas desocupados que torram minha paciência.
Aqui é o meu lugar de escrever as joças que me incomodam pra quem quiser ler.
Aqui é o meu lugar de mandar todo mundo pra casa do carvalho
Aqui é o meu lugar de destilar todo o ódio que corre em minhas veias.

Enfim… Escrevi essa porcaria porque minha mulher estava ouvindo essa música ridícula do Roberto Carlos… Aliás, como pode alguém gostar de um mala que nem esse cantor de meia tigela?? Que tem superstições dos níveis mais absurdos, como proibir tudo e qualquer coisa marrom em seu camarim e no palco. Será que, com isso, ele proíbe até mesmo a presença da Alcione nos shows dele?

Bom, estou de volta do Afeganistão, onde fiz o curso de sobrevivência e isolamento em cavernas. Aprendi técnicas incríveis de esconderijo. Vou colocá-las em prática na minha nova casa que estou construindo. Será um Bunker subterraneo, que possibilitará que eu sobreviva até mesmo em meio a uma guerra nuclear.

Aliás, quem sabe essa guerra aconteça mesmo e a população mundial diminua mais um pouco? Ou, até mesmo que ela acabe de uma vez… Estou torcendo… Mas se ela não acontecer, pode ser um terremoto, um tsunami… Tanto faz!

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Aguardem!!! O Retorno de Walmor!!!

Olá, seus malas sem alça. Estou no Afeganistão terminando um curso de como sobreviver em cavernas subterrâneas. Fui aprovado com louvor. Em breve, retornarei ao Brasil e escreverei nessa joça.

E, atendendo a pedidos, selecionarei alguns dos comentários dos muitos inúteis que visitam essa joça para responder com toda minha sinceridade e mau humor. Vocês não perdem por esperar.

Enquanto isso, procurem algo melhor pra fazer.

Preciso devolver o notebook pro Bin Laden. O sinal da internet 3G é incrivelmente bom aqui. Vou lá tentar ensina-lo a jogar truco. Mas ele é bonzinho demais. Não leva jeito pra essas coisas.

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Enfiem a vuvuzela no rabo!

Tudo transcorria tranquilamente. Eram 11hs da manhã e eu ainda dormia meu sono pesado, já que sou um velho aposentado que não preciso acordar cedo e trabalhar para comprar meus remédios.

Eu disse dormia, pois era isso que eu fazia e não pude mais fazer. Do outro lado da minha janela, escutava um monte de gente cantando em coro: “WALMOR, CADÊ VOCÊ, EU VIM AQUI SÓ PRA TE VER”.

Isso não podia ser verdade. Antes mesmo de abrir a janela, já peguei um balde d’àgua para jogar nesses malas. Peguei o balde, abri a janela e, antes de virá-lo na cabeça das pessoas, soltei o verbo: “Seus malas sem alça!!! Peguem essas cornetas e enfiem no rabo!!!”. Qual não foi minha surpresa quando um moleque disse: “Seu Walmor, isso não é corneta. Isso é uma vuvuzela”.

VUVUZELA? Era só o que me faltava. Desde que me conheço por gente, isso sempre foi uma corneta. Desde que assisti a final da Copa de 1950 no Maracanã, isso era uma corneta. Agora eles vem me falar que isso se chama Vuvuzela?

Mas enfim, voltando ao tormento da minha manhã, perguntei aos maledetos: “O que vocês querem aqui? Por que vocês estão cantando essa música sem graça pra mim?”. Eles falaram que queriam saber porque eu nunca mais atualizei essa joça de site. “A gente tá com saudade, seu Walmor… Atualiza o site!!”. E já emendaram com o coro imbecil de novo: “WALMOR, CADÊ VOCÊ, EU VIM AQUI SÓ PRA TE VER”.

Mandei aqueles moleques sem graça irem ver se eu estava na esquina. Já disse que não quero ninguém me cobrando porque eu atualizo ou deixo de atualizar essa porcaria. Mas, pra que fique claro, vou compartilhar meu drama com vocês. Eu entrei em mais um período de hibernação. Assim que o ano começou, lembrei que estamos em ano de Copa do Mundo. E isso é uma das piores torturas para mim. O barulho, a bagunça e a torcida nem são os piores problemas para mim. O problema, mesmo, é o excesso de alegria! É muita festa pra um país só. É muita alegria contagiando o povo. Eu não aguento. Alegria é um sentimento que eu não possuo. Não sei nem como é.

Por isso, estou hibernando na minha casa. Não vou ligar a televisão e nem o rádio. E, quando entrar na internet, vou tomar o maior cuidado para não ver nada relacionado a essa palhaçada chamada Copa do Mundo. Um evento que prega a confraternização e é sinônimo de alegria. Estou, definitivamente, fora!

E sem contar que isso que eles jogam hoje em dia não é futebol. Bom, mas isso é assunto para minha próxima postagem. Porque agora vou para debaixo do meu edredon.

Ah, e antes que eu esqueça. É claro que eu virei o balde d’água em cima daquela molecada juvenil. Pena que eu não consegui estragar nenhuma daquelas vuvuzelas. Quer dizer, Vuvuzela é o #$@%@&!! Aquilo é corneta! CORNETA! E como eu disse antes, eu espero que vocês, brasileiros que entram nesse estado de extase imbecil durante a Copa do Mundo, enfiem suas cornetas, vuvuzelas, apitos, pandeiros e bandeiras naquele lugar mesmo. Quem sabe, assoprando por lá, sai um som um pouquinho melhor.

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Nem tudo está perdido…

Quando penso que a humanidade está por um fio, que essa raça animal simplesmente falhou e está fadada à extinção, eis que me surpreendo e vejo que nem tudo está perdido.

Cheguei até a ficar um pouco feliz (se é que isso é possível) ao ver que existem pessoas de atitude, como essa mãe que mostrou exatamente como deve se tratar um filho, ainda mais quando esse filho tem um dos piores gostos musicais possíveis e um visual que é totalmente inaceitável. Parabéns a essa mãe. Olhem só a manchete e leiam a incrível notícia!

Garoto emo tem cabelo cortado à força pela mãe

14/04 – 18:21 – Agência Estado

“Um garoto de 14 anos foi amarrado e teve o cabelo cortado à força pela mãe, nesta terça-feira, em Sorocaba, no interior do Estado de São Paulo. Tudo porque ele se identifica com o movimento “emo”, no qual os meninos deixam os cabelos lisos e penteados caírem sobre os olhos. O rapaz foi além e, sem a autorização da mãe, colocou um aplique colorido para aumentar a cabeleira.Ao chegar à casa, no Jardim Iguatemi, zona norte da cidade, a mãe, identificada apenas como Lucimar, de 37 anos, e a avó, Lúcia, de 57, correram atrás do garoto com uma tesoura e ainda o ameaçaram com um pedaço de pau. O garoto saiu de casa e correu cerca de um quilômetro, até atingir a Praça das Águas, no Jardim Abaeté, mas as mulheres o perseguiram de carro. Ele foi amarrado com uma corda e, além do aplique, teve cortado o próprio cabelo.

Em seguida, mãe e avó levaram o menino a um distrito policial, pois queriam denunciá-lo por desobediência. O caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar. O garoto foi levado para a casa da avó paterna. Os conselheiros tentarão intermediar a relação da mãe com o filho. Lucimar diz que voltará a amarrá-lo, se precisar. “Estamos fazendo isso por desespero, pois ele está tomando um caminho errado e, se der mal na vida, não será por minha omissão”, alegou.

O movimento emo ou emocore, abreviações do inglês emotional hardcore, é um gênero musical adotado originalmente pelas bandas do cenário punk de Washington (EUA). No Brasil, o gênero se estabeleceu em meados de 2003 e influenciou a moda de adolescentes caracterizada pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em trajes pretos ou listrados, cabelos coloridos e franjas caídas sobre os olhos.”

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Mundo Cão!

Acharam que eu morri, né? Seu bando de malas desocupados! Por que não param de me amolar? O que acontece é que esse site tem tido um número de visitas muito grande. É muita gente. E isso me deu uma paranoia tremenda. Acho que tenho humanofobia. Passei um bocado de dias sem conseguir entrar aqui. Eu fujo de qualquer coisa ou lugar que reúna pessoas.

É triste, viu. Não sei o que eu fiz de errado para ter nascido gente. Eu juro que tenho muito ódio disso. Fui agraciado com a pior forma de nascimento que poderia existir .

Andei refletindo muito a respeito disso. E cheguei à conclusão de que eu poderia ter nascido como qualquer outro tipo de animal. Seria muito melhor.

Pensem comigo. Eu poderia ter nascido um macaco. Se vocês me amolassem, eu dava uma banana pra vocês. No sentido real e no sentido figurado. Tanto faz. E viveria pendurado em árvores muito altas. Sempre longe das pessoas. E só faria macaquisses. Eu ia, literalmente, catar coquinho. E ia ser feliz assim! Acho que gostaria de ser um Chimpanzé! Ou um babuíno! Andando com a bunda de fora sem me importar com o que os outros acham. Consigo até imaginar…


Ou senão eu poderia ser um cachorro. Quer dizer, cachorro não. Cães se relacionam com pessoas. Normalmente tem donos. Que interagem com esses cães. E passam a mão em suas cabeças o tempo todo. Ah não. Isso não. Tô fora.

Na pior das hipóteses, poderia ser um urso. Hibernar 6 meses por ano! Isso é perfeito. A vida ideal. Ursos são selvagens. Vivem isolados. E devoram qualquer ser vivo que ouse se aproximar deles. Poderia ser até um urso polar. Pra ficar mais isolado ainda. Tanto faz. Acho que ser um urso combinaria comigo.

Só tenho certeza de uma coisa. Eu jamais seria uma hiena. Acho que é até meio óbvio o motivo. Não preciso explicar.

Já sei. Acho que eu poderia ser uma tartaruga. Que já anda com a casa nas costas! Não é perfeito? Se eu precisasse fazer alguma coisa, levava a casa comigo. No primeiro sinal da presença de alguém, já entraria em casa. Já repararam que a única coisa que a tartaruga consegue fazer rapidamente é entrar em seu casco? É genial! Acho que, definitivamente, eu quero ser uma tartaruga. E continuar sendo essa casca-grossa que eu sempre fui. E seguir minha vida pacata. Devagar e sempre. Mas esperando pelo juízo final. Que uma hora vai chegar!

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Tempo bom, não volta mais…

Que saudades daqueles velhos tempos.

Saudades daqueles tempos em que eu era um anônimo, que ninguém me pedia conselhos, e que esses malas do Site da Firma não me torravam a paciência pedindo para eu conceder uma entrevista pra eles.

Tenho saudades do passado. Saudades do tempo em que o Big Brother Brasil não existia. Aliás, nem a televisão existia. Era tão bom que fico até emocionado de lembrar.

Dizem que sou saudosista. E digo que sou mesmo. Sou saudosista porque eu cresci numa época muito melhor. Tive uma infância lúdica, cheia de diversão e de imaginação. Acho que aquela época ajudou a moldar muito do que sou hoje em dia. Lembro que eu era uma criança muito cheia de imaginação. Eu vivia viajando em meus pensamentos.

Não sei se isso tem algo a ver com os remédios que eu tomava naquela época. Mas isso não importa. De qualquer forma, achei na minha coleção de recortes de jornal algumas propagandas dos medicamentos que minha mão me dava todos os dias. Eram uma delícia. Um melhor que o outro. Eu me sentia muito bem. Eu me sentia bem demais. E agora eu pergunto: por que eles não são mais vendidos hoje em dia? Vamos lutar pra que esses remédios voltem pras pharmacias. Garanto que vocês não vão se arrepender.

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Olha eu aqui…

…mas não olha muito não que eu não gosto. O negócio é o seguinte, resolvi dar uma sumida do mapa porque esses caras que querem me entrevistar não estão me dando sossego. Por isso, não tenho nem entrado na internet.

Vocês acreditam que depois de eu negar várias vezes dar essa entrevista, os malas vieram me sugerir de dar a entrevista por MSN? O dia em que eu entrar num negócio desse de bate-papo instantâneo, vocês podem me internar que com certeza eu já estou louco.

Por isso tudo, não tenho atualizado essa joça  de site e nem mesmo aberto as dezenas de emails que recebo de malas leitores que nem você. Tenho feito apenas o que mais gosto de fazer: me isolar.

Os caras do Site da Firma já estão até cogitando a possibilidade de me pagar para dar essa entrevista. O que vocês acham, então, de em vez de encher meu saco, colocar a mão no bolso e fazer parte dessa vaquinha para me subornar e eu dar essa entrevista? Vocês topam? Como eu sei que vocês tem muito dinheiro sobrando, entrem lá no Site da Firma e combinem suas doações com eles. Façam essa boa ação. Vocês poderão ler uma entrevista incrível comigo e me deixarão ainda mais rico do que eu já sou. Não é perfeito?

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Esqueçam que eu existo!

Pelamordedeus!!! O que eu fiz para merecer isso? Por que as pessoas se importam tanto com a minha pessoa? Será que não dá para todos vocês simplesmente esquecerem que eu existo?

Não sou participante daquele reality show imbecil da Rede  Globo, mas vivo num eterno confinamento. Evito sair de casa pelo simples motivo de que não quero contato com as outras pessoas. Mas sempre tem alguém pra me amolar e encher meu saco que já está mais do que cheio há quase 70 anos.

Estou me referindo àqueles moleques malas do tal Site da Firma. Esse povo não tem mais o que fazer da vida? Uns meses atrás, me convidaram para ser colunista no site deles. Mandei um texto para eles mas jamais fui pago por isso. E como eu só faço as coisas por interesse, rompi relações profissionais e não escrevi mais para aquela joça. Mas agora, olhem só a cara de  pau desses moleques: eles querem fazer uma entrevista comigo!

Mas é claro que não vou dar entrevista nenhuma! Eu tenho mais o que fazer! Comecei ontem a engraxar a minha coleção de sapatos e isso tem tomado muito do meu tempo. Já falei que não vou dar essa entrevista, mas eles insistem. Eu pedi que me pagassem um cachê mas eles disseram que não tem como pagar nada pois estão mais duros que a minha bengala de marfim. Poxa vida, aí fica difícil.

Por isso, peço encarecidamente a vocês do Site da Firma: parem de me amolar! Não vou dar entrevista nenhuma.

E vocês, leitores malas? Concordam comigo? Se acham que eu tenho mais é que mandar esses porras sentarem no colo do capeta, digam pra mim. E se acharem que eu devo dar essa entrevista, digam também. Mas já estou avisando que sem dinheiro vai ser bem difícil de eu aceitar. Sou osso duro de roer. E não tenho paciência para essas coisas chatas de perguntas e respostas. Sem contar, é claro, que eu sei bem de uma coisa: Quem, por acaso, se interessaria em saber mais sobre a vida de um velho chato e rabugento como eu?

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Quanto mais eu rezo…

Era só o que me faltava! Eu crio um site em que disponibilizo toda a minha sabedoria e sagacidade sem cobrar um centavo, aturo um monte de gente enchendo meu saco no campo de comentários, e ainda tenho que ficar aguentando gente me cobrando que eu não atualizo o site?

Oras bolas! Desde quando eu tenho obrigação de atualizar essa joça constantemente? Eu atualizo quando eu quiser! Quando me der vontade! QUANDO EU QUISER!!!

Não sei se vocês sabem, mas eu tenho uma vida muito atarefada. Durante o dia, escuto meus vinis de música antiga enquanto passo espanador na minha biblioteca particular. À noite, escuto mais vinis de música antiga e tenho longas conversas com o meu papagaio. Ele só sabe falar aquelas frases que eu recomendei a vocês no post anterior e, por isso mesmo, nós temos algumas conversas divertidíssimas. Ah, sem contar o chazinho de camomila e os pistaches que eu consumo o dia inteiro. E sem esquecer também que grande parte do tempo eu passo implicando com a minha esposa. Coitada, como sofre essa mulher.

Enfim, como eu disse, eu tenho muita coisa pra fazer e, por isso, não é toda hora que eu posso parar pra escrever por aqui. Se bem que se alguém me pagasse pra fazer isso, acho que eu teria um pouco mais de ânimo pra atualizar essa porcaria. Já falei que não gosto de muitas coisas. Uma das poucas coisas que eu gosto na vida é dinheiro. Ô coisa boa!

Mas então, voltando pro assunto, olha só o que um mala escreveu no meu post anterior:

“Ei cara!
Atualize essa joça! Fazem 9 dias que vc não escreve nada novo…Foi levado pelas correntezas das enchentes e sentou no colo do capeta?!
Afff…..”
Rodrigo

Tem gente que não tem respeito mesmo! O cara me cobra e ainda manda um “afff…”

AFFF????

Affff vai ser o som de quando eu enfiar minha bengala no seu rabo! Seu moleque atrevido! Eu escrevo nessa joça quando eu quiser! Quando me der vontade! E se estiver achando ruim, sabe o que você faz? Quer saber mesmo?  VAI SENTAR NO COLO DO CAPETA!!!!!!!!  

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Penso, logo desisto

Nessa minha vida de ócio, isolamento e reflexão, tenho pensado muito a respeito de como posso divulgar ainda mais toda a minha sabedoria de vida. Sei que tenho uma missão na Terra, que é de salvar o ser humano da mediocridade de sua existência. Acho muito desolador ver como as pessoas não percebem que a vida não é bela, que bom humor e simpatia não levam a nada e que rir não é o melhor remédio. E foi por tudo isso que lancei essa joça de site.

Mas percebo que preciso ir além. Nem todo mundo é estúpido o suficiente para perder seu tempo na internet lendo textos em blogs. Muita gente ainda está livre desse vício e ocupa seu tempo em outras coisas. É por isso que venho cogitando seriamente a ideia de lançar alguns livros para passar adiante essa minha sabedoria de vida.

Ainda não sei que tipo de livro posso escrever, mas uma ideia que algum mala já me sugeriu foi a de fazer algo no estilo “Minutos de Sabedoria”. Nunca li essa porcaria, mas acredito que sejam frases de auto ajuda para as pessoas. Não sou muito bom de sentenças nesse estilo, mas vou compartilhar com vocês algumas frases que costumo dizer constantemente e que ficaria muito orgulhoso de ver outras pessoas dizerem também. Elas podem ser muito úteis no seu dia-a-dia. Por isso, leia essas frases e passe a dize-las também:

“E eu com isso?”

“Quem perguntou?”

“Foda-se”

“Não se mete comigo”

“Não me procure”

“Não me ligue”

“Vai ver se eu estou na esquina”

“Vai pentear macaco”

“Não me amole”

“Esquece que eu existo”

E em homenagem ao meu amigo e ídolo Alborghetti (descanse em paz, irmão), uma cébre frase que serve pra muitas ocasiões e deve ser sempre gritada:

“VAI SENTAR NO COLO DO CAPETA!!!!”

Leia essas frases. Memorize. Diga. Pratique. Seja mais rabugento você também. Esse seu sorrisinho e simpatia não vão te levar a lugar algum.

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Corre Emo…

Vocês lembram dos Emos? Pois é, tive que andar pelas ruas esses dias, quando voltava das minhas incríveis férias (veja no post anterior), e constatei que essa espécie bizarra ainda existe.

Que decepção. Como pode? Pensei que estivessem extintos. Mas nem tudo está perdido. A meninada do Site da Firma (um bando de paga-pau da minha pessoa) me disse que fez até um clipe pra homenagear esses andróginos repugnantes. Trata-se do clipe “Funk do Emo Corre”, de um tal cantor Rodnei Di, que eu nunca ouvi falar. E o vídeo tem até uma tal de Sabrina Boing Boing dançando. Parece que é a mulher com o maior silicone do Brasil. Quanta futilidade. Aposto que a molecada vai adorar. Eles falaram que quando ficar pronto vão me mandar o link. Se bem que eu tô cagando, não tenho tempo pra ficar vendo clipe de música, nem na TV e nem na internet. Ainda mais com essas músicas pra jovens que, pra mim, não passam de lixo. Sei que não vou viver muito e por isso prefiro ocupar meu tempo com a leitura da Lista Telefônica e com os vídeos do Alborghetti no You Tube. Mas quem quiser ver, parece que já tem um vídeo de making of dessa joça de clipe do “Emo Corre” lá no Site da Firma.

Mas enfim, falando em Emos, lembrei que já escrevi algumas vezes sobre essas criaturas por aqui, e esse é um dos tópicos mais visitados aqui no meu site. Por isso, se você não teve o prazer de ler, segue aqui o link. Mas confesso que o mais legal são os comentários indignados dos Emos. Seus malas! Vão chorar no raio que os parta. E voltem logo pro clipe do Michael Jackson. Não aguento mais esses zumbis andando por aí.

Quer ver? Então clica aqui, porra!

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Melhor impossível…

Depois desse profundo período de depressão que passei em função da morte de meu amigo e ídolo Alborghetti, resolvi dar férias para mim mesmo. Na verdade, um aposentado abastado como eu está sempre de férias, mas eu resolvi mesmo foi tirar férias da civilização, me isolar ainda mais dos outros seres humanos, essa raça que tanto me irrita.

Por isso, descobri um lugar ótimo, tranquilo e realmente isolado de tudo e de todos.

Precisei ir hoje até a cidade mais próxima para comprar alguns mantimentos e aproveitei pra ir numa lan house pra pagar algumas contas. Por isso, estou escrevendo aqui neste momento. Vou passar mais alguns dias aqui isolado, mas depois voltarei para a suja e cinza São Paulo e voltarei a postar normalmente nessa joça. Por mim, eu não voltava mais, ficava morando aqui, mas os meus médicos ficam em São Paulo e é só lá que eu encontro as dezenas de remédios que preciso tomar diariamente.

Mas enfim, olhem só onde estou passando minhas férias. É ou não demais?

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Buscando forças pra continuar…

Por mais que você pense que guia sua própria vida, ela é cheia de reviravoltas, cheia de percalços que fogem totalmente do seu alcance. Algo acontece de repente, muito rápido, e tudo muda na sua vida. Ela é virada de pernas pro ar. E você simplesmente não teve como fazer nada, o destino ganhou de você.

De repente você se vê sem chão. Sem ânimo.  Sem forças pra continuar.

E foi assim que me senti na semana passada.

Por um momento, o mundo se paralisou. Não ouvia, não via, não notava nada ao meu redor. Talvez porque tudo deixou de ter importância naquele instante.

Meu ídolo morreu.

Como assim? Do nada? Tão de repente? Por que??!! Eu só queria saber por que??!! E eu não poderia nem me despedir? Nem falar adeus e agradecer por tudo?

Na última quarta-feira, 09 de Dezembro de 2009, morreu Luiz Carlos Alborghetti.

Uma notícia que eu esperava não estar vivo para receber. Jamais.

O baque foi forte e ainda estou tentando assimilar. Tenho passado esses dias num estado de depressão muito grande, não tenho sentido fome, fico ouvindo alguns discos bem tristes e indo às lágrimas em cada momento que me lembro de Alborghetti. Lágrimas que logo viram sorriso, quando lembro que chegamos a virar amigos. Aqueles lanches de pernil no bar do Estadão nos anos 80 jamais serão esquecidos. Lembro como se fosse hoje, quando você, Alborga, falava pra mim: “Não pode amolecer! Não pode baixar a cabeça pra esses desgraçados por aí! Tem que falar na cara! Tem que arrepiar esses merdas! Eles tem que sentar tudo no colo do capeta!”

Foram muitos papos, muita revolta compartihada entre nós dois. Mas e agora? Como vai ficar? Como vai ficar o mundo sem Alborghetti?

Alborga, não sei nem como continuar. Não sei nem que ânimo terei para prosseguir a partir daqui. Mas sei que devo ter forças! Pois sei que o mundo precisa de gente como nós. Gente que desce o cacete na hipocrisia e na cara dos badernistas que existem por aí: os bandidos e políticos que fazem disso tudo A MAIOR PUTARIA DO BRASIL!!! A MAIOR PUTARIA DESSE MEU BRASIL!!!

Alborga, descanse em paz. Seja feliz. Você se livrou desse mundo podre do qual ainda não me livrei. Espero não demorar muito pra te ver por aí. Espere por mim…

ps. não deixem de ler também o seríssimo e emocionante site que há um ano se presta exclusivamente a homenagear nosso grande mestre: http://alborghetti.wordpress.com/

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