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Viva o Gordo?

ronaldo

Eu já vi de tudo nessa vida. Mas sempre aparece alguma coisa pra nos surpreender e nos provar que, na verdade, ninguém já viu de tudo nessa vida. E a moda, agora, é torcer por jogador de outro time. Como diz o Alborghetti: “É a maior putaria do Brasil!!”.

Eu estou falando do tal “Fenômeno”. Aquela rolha de poço que veio jogar no Curíntia. E agora tá um tal de ver palmeirense, são-paulino, perguntando de forma empolgada: “E o Ronaldo, fez gol??”. E o pessoal ainda tem a cara de pau de dizer que não torce pro Curíntia mas que torce pro Ronaldo.

Como assim?!?! Se você não torce pro Curíntia, não torce pro Ronaldo também. E ponto. Eu, por exemplo, torço pro Juventus da Moóca. E sou Juventus e pronto. Não tem essa de torcer pra time brasileiro na Libertadores, não tem essa de torcer pra jogador de outro time dar a volta por cima. E não tem nem essa história de dizer que em outro lugar torce pra outro time, tipo, uns que falam que no Rio torcem pro Flamengo, no sul torce pro Grêmio. Eu sou Juventus em qualquer lugar. E que se danem os outros times e que se dane o gordo do Ronaldo.

Se bem que um cara que leva três travestis pro Motel e diz que não percebeu que não eram mulheres realmente merece o apelido de Fenômeno. E, pra ele, só me resta presenciar seu fim de carreira. O cara já namorou belas modelos, já jogou no Milan, no Barcelona, e hoje em dia pega travecos e joga no Curíntia. É a típica decadência do ser humano.

E você, leitor, não me venha com essa história de torcer pelo Ronaldo. A não ser que você seja curintiano. No meu caso, eu quero mais é ver a decadência desse gordo. Obeso, rodeado de travecos e jogando no Curíntia. Tomara só que o fim dele não seja no meu Juventus. Mas se isso acontecer, aí sim vou torcer por ele. E não vou dar trégua. Vou pôr esse gordo pra suar a camisa do meu glorioso Moleque Travesso da Moóca.

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Hoje eu estou irritado!

Hoje eu estou irritado. É, você pode até pensar, “mas esse cara tá sempre irritado”, e é isso mesmo, eu estou sempre irritado, então, eu posso começar esse texto dizendo que hoje eu estou irritado. E se eu digo que eu estou irritado, é que eu estou irritado mesmo. Sabe por que? Por nada. Ou melhor, por tudo. Nenhuma coisa em particular me irritou neste sábado de manhã, mas a questão, na verdade, é que tudo me irrita. Aí você pensa: “ih, esse cara acordou com o pé esquerdo”. Não, eu não acordei com o pé esquerdo. Acordei com os dois pés. Eu verifiquei e não estava faltando nenhum. Depois fui pra padaria comprar pão. Que saco. Aquele monte de funcionário falando: “bom dia!”, “bom dia”. Bom dia o que? Me dá um motivo pra dizer que esse dia vai ser bom.

Aos sábados, antigamente, eu gostava de ver futebol. Só pra poder xingar todo mundo que nem um louco. Mas hoje em dia? Não passa um jogo do meu amado Juventus, da Moóca, na televisão. Que preconceito é esse? Só porque o Moleque Travesso não tá na primeira divisão? Garanto que ia dar muito mais audiência do que jogo do Ipatinga. De sábado eu também gostava de ir na feira do bairro. Até o dia em que tomei a faca da mão do vendedor de frutas, coloquei no pescoço dele e falei: “da próxima vez que você falar “mulher bonita não paga, mas também não leva” ou qualquer outra frase com esses trocadilhos imbecis, eu corto o seu pescoço”. Virou a maior confusão. Quiseram me linchar e eu saí correndo. Isso foi mais ou menos em 1973 e depois disso passei a evitar de ir na feira. Lugar perigoso esse. E de sábado, antigamente, passava telectatch na televisão. É. Luta Livre. Gigantes do Ringue. Saudades do Ted Boy Marino e do Fantômas. E hoje? Hoje passa Zorra Total. Como pode? Eu desafio. Dou todo o dinheiro da minha aposentadoria pras criancinhas pobres se aquele programa imbecil conseguir me fazer dar uma risada. Umazinha sequer. Impossível. Bom, é por essas e outras, que hoje em dia, quando vou na padaria no sábado de manhã, vou com um radinho de pilha com fones de ouvido no volume máximo. Curtindo a saudosa rádio Tupi AM. Assim, quando chego na padaria, só vejo os funcionários mexendo a boca. Não escuto mais ninguém me desejando bom dia. Afinal, hoje é sábado e eu sei que ele não vai ter nada de bom.

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