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Melhor impossível…

Depois desse profundo período de depressão que passei em função da morte de meu amigo e ídolo Alborghetti, resolvi dar férias para mim mesmo. Na verdade, um aposentado abastado como eu está sempre de férias, mas eu resolvi mesmo foi tirar férias da civilização, me isolar ainda mais dos outros seres humanos, essa raça que tanto me irrita.

Por isso, descobri um lugar ótimo, tranquilo e realmente isolado de tudo e de todos.

Precisei ir hoje até a cidade mais próxima para comprar alguns mantimentos e aproveitei pra ir numa lan house pra pagar algumas contas. Por isso, estou escrevendo aqui neste momento. Vou passar mais alguns dias aqui isolado, mas depois voltarei para a suja e cinza São Paulo e voltarei a postar normalmente nessa joça. Por mim, eu não voltava mais, ficava morando aqui, mas os meus médicos ficam em São Paulo e é só lá que eu encontro as dezenas de remédios que preciso tomar diariamente.

Mas enfim, olhem só onde estou passando minhas férias. É ou não demais?

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Acho que vou morar aqui…

acapulco

Essas férias em Acapulco estão muito boas. Já estou há quase duas semanas aqui no hotel do Chaves. Bem, na verdade esse hotel não pertence ao Chaves, mas é onde ele e sua turma gravavam aqueles episódios de férias, aprontando um monte em volta da piscina.

Bom, o negócio é que eu acho que vou ficar por aqui. Como eu disse antes, tudo está muito vazio por aqui. Ninguém quer saber de viajar pro México. Eu não poderia ter escolhido lugar melhor. E nesse tempo em que eu estou aqui, cheguei a algumas conclusões muito interessantes:

Aqui em Acapulco eu não encontro ninguém que eu conheço. Não vejo o mala do Juan Piñeda e nem alguns desses meus admiradores, como o Robertinho e o Chiveta, que ficam me parando na rua pra conversar. É muito bom sair pelas ruas e não ser incomodado por ninguém. As pessoas não me conhecem aqui, isso é bom demais.

Aqui tem praia, sombra e água fresca, mas não tem os problemas do Brasil. É mais ou menos como se fosse o Rio de Janeiro sem os traficantes e sem a polícia atirando pra lá e pra cá.

Mas o que mais me agrada aqui é um tabaco especial que tem pra fumar. Eles chamam de “La Mota”. Se você não conhece, procure se informar. É um fumo muito danado de bom. É tão forte que parece até que eu fico meio tonto depois de tragar algumas vezes. Mas o bom mesmo é a fome que me dá depois de fumar. Tenho comido bem mais por aqui. Minha mulher tem gostado, pois ela acha que eu estou muito magro. Eu gostei tanto dessa tal de “La Mota” que tenho fumado dia e noite, noite e dia.

Ah, e antes que eu me esqueça: aqui não tem essa droga de Lei Anti-Fumo! Invejem-me, fumantes do Brasil! Eu estou fumando numa boa. Mas só do cigarro que eu mesmo confecciono. E que deixa o meu humor muito melhor!

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Do jeito que o Diabo gosta…

acapulco

Ai, ai… Como é bom estar longe de todos vocês…

No momento estou de férias em Acapulco… Mais especificamente no “Hotel do Chaves”… Na verdade o hotel se chama Continental, mas é mais conhecido dessa maneira por ser o hotel onde eram gravados os episódios em que a turma do Chaves saía de férias… Eu tinha o sonho de conhecer esse hotel e finalmente estou realizando.

A internet aqui é meio cara pra usar mas de vez em quando em vou escrever alguma coisa por aqui… Se bem que eu quero mais é que vocês se danem, eu tenho mais o que fazer… Quer dizer, na verdade, não tenho nada pra fazer. Eu estou de férias, porra! Mas assim que tiver algo pra relatar, escreverei aqui nesse diário de um rabugento (sou eu mesmo).

E tem gente que tem medo de se aposentar… Isso é a maior maravilha do mundo… Quer dizer, desde que você seja um mão-de-vaca que nem eu e tenha economizado dinheiro durante toda a sua vida… E agora me dá licença… Vou tomar uma Cuba Libre pra começar bem o meu dia!

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Pesadelo Country Hotel

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No post anterior falei sobre minha vontade de tirar férias… O problema é que, quando lembro de algumas férias que já tirei, já penso logo em desistir. O motivo são alguns traumas do passado… Já falei aqui da minha ojeriza às praias e já falei da confusão que arrumei na Disney… Mas nada se compara ao ano em que fiz a burrice de passar as férias em um hotel fazenda!!!

Lembrando disso, hoje em dia, já me bate um arrependimento. O que diabos eu fui fazer em um hotel fazenda? Na época, meus filhos eram pequenos e achamos que eles iam gostar do passeio, de ter contato com a natureza…. De fato, eles gostaram… Mas acho que só eles gostaram…

A viagem para chegar até lá já foi aquele martírio. Assim que entramos na estrada, uma das crianças já soou o alarme: “quero fazer xixi”. Porra!! Por que a pessoa espera sentar dentro do carro pra ficar com vontade de fazer xixi? Por que não fez antes? Agora não tem onde parar… Enfim, pros meninos é mais fácil resolver essa questão… Mas depois começa aquela outra amolação tradicional: “Tá chegando? E agora, tá chegando?”… Mas que cacete!!! Quando estiver chegando eu aviso vocês!!!! A gente ainda estava na estrada e eu já me arrependia de ter inventado essa viagem.

Ok… Chegamos finalmente ao hotel fazenda… Deixamos as malas no quarto, fomos dar uma volta pra conhecer o local e já fomos logo abordados por alguém que eu preferiria manter bem longe de mim: um monitor!! Isso mesmo… Uma pessoa toda animada, de shorts, regata e bonezinho veio nos abordar… Disse que seria o nosso monitor em todas as atividades durante nossa estadia no hotel… Todas atividades? Foi isso mesmo que ele falou? Já disse logo que não queria saber de atividades e sabe o que o cara disse? “Ah, esse é do tipo que se faz de difícil.. No fim são os que mais se divertem nas atividades”.. Deixei bem claro que não queria saber de atividade nenhuma e o mala disse que não ia me dar sossego, que ia fazer eu suar a camisa…. Porra, eu queria férias e descanso e ele vem me falar de suar a camisa.

Enfim, foi tudo realmente um grande pesadelo… Eu chegava na beira da piscina e aquele imbecil já vinha com aquele bonezinho ridículo e um apito pendurado no peito… Eu não sei de onde esse pessoal tira tanta disposição e tanta animação: “Vamos lá, seu Walmor, vamos começar o dia com um aquecimento e uma partidinha de vôlei dentro da piscina!!” Mas era só o que me faltava. Já disse que não ia fazer nada disso mas minha mulher ficava insistindo… Eu disse que não ia, mas o pessoal queria até me obrigar…. Começaram a me puxar pra dentro da piscina e eu me agarrei no pé de uma mesa… No fim, me puxaram com tanta força que acabaram me segurando na marra e um imbecil deu a idéia de me jogar na piscina!! Me jogaram de roupa e tudo… O pessoal rachou o bico, mas eu não achei a menor graça… Eu queria mesmo era matar um naquele instante… Saí de lá rogando praga em todo mundo ao meu redor…

A partir dali, foi um martírio atrás do outro, ao longo dos dias. Pior de tudo foi o dia em que inventaram um passeio em cavalos… Montei numa égua que falaram que era mansa, mas de mansa ela não tinha nada… Eu nunca tinha subido num bicho daqueles, e, não sei por que, o bicho disparou a galopar… E eu não conseguia faze-la parar… Comecei a gritar desesperado por socorro, pra alguém me ajudar, e, a danada corria cada vez mais… Instintivamente, puxei as rédeas com tudo… A égua desgraçada deu um empinão que me mandou direto pro solo… Cai com as costas no chão e dei um mal jeito desgraçado na minha coluna… Precisaram correr comigo pro pronto socorro e descobri que desloquei a clavícula… Voltei pro hotel com um baita colete de gesso e ainda por cima com o pescoço imobilizado.

Passei o resto dos dias desse jeito… Foi uma maravilha!! Ficava sentado na beira da piscina, todo engessado, sem poder fazer nada… Aquilo, pra mim, foi uma dádiva, uma benção dos céus… Nenhum monitor veio me pegar pra participar de “atividades”… Não fui mais obrigado a brincar em gincanas imbecis e muito menos a andar em bichos selvagens que não foram feitos para pessoas urbanas como eu… Não podia ter acontecido nada melhor pra mim… A partir desse ano, passei a me precaver melhor em relação a minhas férias… Normalmente, prefiro passar trancado dentro do meu apartamento… Sem monitores, sem sol, sem piscina, sem atividades… Mas nas vezes em que a viagem com a família foi inevitável, já saí de casa precavido… Depois daquele ano, nunca mais eu viajei sem o meu colete de gesso!!

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Vinde a mim, ó ETS!!

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Pois é… A cabeça cansou e eu não tenho tido o menor saco pra escrever nessa joça… O problema é que não fiz nada nos últimos dias e, por isso, nada tenho pra contar pra vocês… A única coisa que eu sei é que uma idéia tem freqüentado a minha cabeça permanentemente: eu preciso de férias… É isso mesmo… Férias.

Eu não trabalho. Já me aposentei. Também não estudo, não faço cursos, nada do tipo. E então você pensa: mas por que férias? Porque sim, oras bolas. Ando muito estressado com esse cotidiano da cidade grande. A vida urbana é mesmo de arrancar os cabelos.

De manhã, acordo com a sinfonia das buzinas. O trânsito aqui na frente de casa é intenso e o pessoal não tem o menor respeito por quem está dormindo. Enfia a mão na buzina em plena manhã. Tem dia que são onze horas da manhã e o pessoal não me deixa dormir em paz!! É um absurdo.

E aí tem a barulheira dos vizinhos. Tem um casal no apartamento de cima que vive brigando. Tem um outro que tem crianças que fazem a maior bagunça. E tem a menina emo que fica ouvindo umas músicas muito ruins num volume absurdo. E aí passa o caminhão do morango aqui na frente com aquele alto falante irritante. E aí vem o porteiro do prédio entregar um monte de correspondências. E a maioria são contas pra pagar! E aí vem a minha mulher que não pára de falar um instante sequer. E aí não tem nada que preste pra ver na televisão (com exceção dos incrível canal Shoptime). E aí eu penso em dar uma volta. Mas eu não quero ter contato com as outras pessoas. Eu quero ficar em casa. Mas também não quero ficar em casa!! Eu não sei o que faço. Isso tudo está me deixando louco!

Quer dizer. Está nada. Nada disso me afeta. A bem da verdade, já estou acostumado a todas essas amolações da vida cotidiana. Como diriam antigamente, sou macaco velho. E como diria aquele pagodeiro alcoólatra, deixa a vida me levar. Está tudo bem, a vida é assim mesmo. Mas não é por isso que vou ficar sorrindo, com cara de otário. Vou mesmo é providenciar umas férias. Mas, pelo jeito, eu preciso mesmo é de férias desse mundo. Será que não tem nenhum ET afim de me abduzir? Venham extraterrestres!! Venham me levar desse mundo. Como diziam aquelas garotas que rodavam bolsinha no Largo do Arouche nos anos 60, “vem nimim que que tô facinho”!!

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Um dia de fúria!

No post anterior falei sobre a ojeriza que eu tenho de praia. Mas eu não odeio apenas as praias. O fato é que as férias são capazes de nos proporcionar vários desses momentos desagradáveis. Meus filhos já foram crianças um dia, e lembro-me que, numa certa época, o que eles mais queriam era conhecer a Disneylândia.

– Um parque de diversões? O maior parque de diversões do mundo? Vocês só podem estar brincando comigo!! – Foi o que eu disse na época pra molecada.

Era só o que me faltava. Eu, Walmor Salgado, o rei do mau humor, ir a um lugar também conhecido como parque de diversões. Mas, enfim, vocês sabem como é. A gente é pai e é difícil mesmo falar não pra criançada. E eis então que, num período de férias muito tempo atrás, partimos pra Disney.

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Chegando lá, já dou de cara com um letreiro gigante: “Onde os sonhos se tornam realidade”. Pra mim, aquilo não tinha nada de sonho. Era o começo de um pesadelo. Comecei a andar dentro do tal parque e as crianças queriam ir nos brinquedos. Fomos a uma montanha russa gigante. Ô negócio grande, viu? Só esqueceram de avisar o pessoal que é bom não entrar de barriga cheia nesses lugares. Logo no primeiro looping, uma menina começou a passar mal e vomitou lá de cima. Respingos de vômito caíram no meu terno xadrez e aquilo já estragou meu dia.

Depois fomos em outros brinquedos e achei todos eles muito imbecis. Tinha um cinema em 3D que ficava chacoalhando a cadeira pra dar sensação de ser real. Em mim só deu uma baita dor nas costas. E aí depois tinham os desfiles. Tipo aquelas paradas civis. Meio tipo desfile de carnaval. A maior babaquice que eu já vi na vida. Nem tirei fotos pra não gastar dinheiro de filme e de revelação.

Mas se tudo já ia mal, no fim só piorou. Estava eu distraído, olhando para um pássaro verde que descansava sobre um banco, quando o Pateta chegou perto de mim. Eu não percebi que ele estava vindo e levei um baita de um susto. Que susto que eu levei! Ele emitiu um som meio estúpido, acho que era uma saudação feliz, e aquilo me irritou profundamente. Pra completar, ele ainda pisou no meu pé sem querer. Eu já estava odiando aquele dia no parque, e isso foi a gota d’água. Quando dei conta de mim, já estava correndo atrás do Pateta. Ele achou que era alguma brincadeira e saiu correndo e agitando os braços. E ele dava uns chutinhos no ar enquanto corria. Como se fosse um palhaço de circo. Mas eu não estava brincando. O negócio era sério. Quando alcancei o Pateta, enchi ele de safanões. Demorou um pouco, mas ele percebeu que aquilo não era uma brincadeira. Eu estava mesmo era socando aquele imbecil. Dei tanto safanão que acabou caindo a cabeça dele. E, por trás daquela cabeça de Pateta, havia um homem com cara de imigrante cubano. Continuei socando e as crianças, horrorizadas, começaram a gritar. Elas não entendiam direito. Por que aquele homem estava batendo no Pateta? E porque apareceu uma outra pessoa dentro daquela fantasia?

Só sei que depois de um curto período de tempo, apareceram vários seguranças, que me carregaram pelos braços e me levaram pra uma salinha muito estranha. Tiraram fotos de mim e falaram que iam deixar registrado lá pra eu nunca mais entrasse em nenhum dos parques do complexo Disney World. Falaram que a partir daquele momento eu era uma persona non grata. Yes!!! Consegui o que queria!! Agora, nem que meus filhos queiram, nem se eu ficar louco e quiser ir pra lá, eu não poderei mais entrar!! Perfeito!! Parque de Diversões nunca mais!! Esses lugares deveriam se chamar Parque de Tortura!! Tanto física quanto psicológica. Mas não importa. Isso é tudo coisa do passado. O que importa é que eu sou Walmor Salgado. O cara que, um dia, socou o Pateta!!

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